Palpitações
As palpitações são outros sintomas frequentes que avaliamos tanto em consultório quanto em serviços de emergência. A preocupação médica ocorre porque uma palpitação pode ser decorrente de alguma arritmia cardíaca (quando o ritmo do coração não está normal). E existem muitos tipos de arritmias cardíacas, desde as que são de caráter benigno quanto aquelas que podem gerar morte súbita.
Não necessariamente as palpitações decorrentes de arritmias são problemas originados no coração, pode ser que o paciente esteja sofrendo consequências no coração por uso de bebidas, substâncias e medicações. Como exemplo coloco: algumas medicações para asma, descongestionantes nasais, uso de anfetaminas, alguns antidepressivos, alterações metabólicas (níveis alterados de potássio, cálcio e magnésio), outras doenças sistêmicas (hipertireoidismo, anemia, infecções), entre outros.
Após descartar algum fator que está causando as palpitações, normalmente realizamos um eletrocardiograma para avaliar se existem alterações evidentes na condução elétrica e outros exames, a depender do caso, podem ser solicitados, como o Holter de 24h – que é aparelho que verifica todos os batimentos cardíacos do paciente em 24h – com a finalidade de detectar se durante o período avaliado, houve alguma arritmia que possa deixar o cardiologista mais preocupado. Ademais, pode ser necessário a realização de outros exames cardiológicos, tais como como o teste ergométrico, para avaliar a presença de arritmias durante esforço físico.
Na sequência, descartamos que possa haver alguma doença estrutural no coração, como alguma válvula cardíaca com problema, alguma miocardiopatia, insuficiência cardíaca, entre outros. Assim, podemos fazer uma investigação para descartar alguma doença que possa gerar tais sintomas.
De qualquer forma, uma avaliação médica com cardiologista é necessária para se identificar causas das palpitações e deixá-lo mais tranquilo(a) com a condição e com o melhor tratamento para o caso, se indicado.